O Corvo - Edgar Allan Poe (Especial Poe)

Descobri esse poema pela primeira vez em um especial de halloween de um canal no youtube, que sinal sou muito grata pois descobri contos bem interessantes, e assim conheci contos de horror/terror, um gênero que por si só nunca me chamou a atenção. Passei a gostar de ler contos depois disso, e conheci Edgar Allan Poe, e descobri que não precisa de sangue para fazer uma história ser assustadora.
E a alguns dias atras conhecia a banda Omnia, e assim descobri por que tantos falam da musicalidade de The Raven (O Corvo). Mais para os que não são muito bons em inglês há várias traduções de diversos autores, já li algumas e a do Fernando Pessoa foi uma das primeiras que li e gostei.


O CORVO 
De: Edgar Allan Poe
Traduzido por: Fernando Pessoa 

Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de algúem que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.

É só isto, e nada mais."

Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,

Mas sem nome aqui jamais!

Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.

É só isto, e nada mais".

E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.

Noite, noite e nada mais.

A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.

Isso só e nada mais.

Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais."
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.

"É o vento, e nada mais."

Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,

Foi, pousou, e nada mais.

E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."

Disse o corvo, "Nunca mais".

Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,

Com o nome "Nunca mais".

Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, "Amigo, sonhos - mortais
Todos - todos já se foram. Amanhã também te vais".

Disse o corvo, "Nunca mais".

A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
"Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais

Era este "Nunca mais".

Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,

Com aquele "Nunca mais".

Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais,

Reclinar-se-á nunca mais!

Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
"Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"

Disse o corvo, "Nunca mais".

"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!

Disse o corvo, "Nunca mais".

"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!"

Disse o corvo, "Nunca mais".

"Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte!
Torna á noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"

Disse o corvo, "Nunca mais".

E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda

No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,

Libertar-se-á... nunca mais!

Tradução: http://www.insite.com.br/art/pessoa/coligidas/trad/921.php



Hakuouki

É uma adaptação da série de jogos Otome da Idea Factory. Possui três temporadas: A primeira Hakuouki - Shinsengumi Kitan que tem 12 episódios; a segunda Hakuoki - Hekketsuroku que tem 10 episódios; a terceira Hakuoki - Reimeiroku que possui 12 episódios, esta sendo uma prequel das duas primeiras. Há também uma temporada denominada Hakuoki - Sekkaroku que possui 6 OVAs. Além dos animes, dois filmes estão sendo produzidos, contudo aqui só falarei dos animes. 
Chizuru Yukimura viaja a procura de seu pai e vai para Kyoto, após ser salva por Shinsengumi, a jovem passa a viver com eles se disfarçando de menino. Assim ela passa a ajuda-los a combater o novo governo, e continua sua busca pelo pai desaparecido, o qual os Shinsengumi também estão procurando. 
Conheci o anime através da história do primeiro filme, o qual acabei não vendo. Bom, não consegui me ligar ao anime como gostaria e quase desisti de vê-lo muitas vezes, a única coisa que o salvou um pouco foi que descobri que parte da história dos Shinsengumi era verdadeira e que seus personagens masculinos realmente existiram, não da forma como o anime mostra, mais que eles lutaram as batalhas que são descritas no anime. 
Depois de descobri isso percebi por que não entendia grande parte da história. Ela começa sem explicação alguma, e para quem não é familiarizado com a história do oriente acaba perdido. Mais dai procurei e achei um monte de coisas legais a respeito, o que fizeram com que não desgostasse tanto. 
Primeiramente deixarei registrado aqui meu protesto, a  Chizuru Yukimura, é a pior personagem feminina que já vi em anime, e eu que reclamei da menina do Hiiro no Kakera. Se trocássemos a participação dela pela de uma porta daria o mesmo resultado, além de achar que só por que vestiu roupas parecidas com a dos rapazes estava bem disfarçada. Não, não consigo acreditar que ainda tinha gente que acreditava que ela era menino, ela usava roupa rosinha enquanto o resto usava roupa escura..
Descobri coisas impressionantes nesse anime, como quando eles cortavam a pessoa com a espada e ela sangrava como se tivessem tirado a tampa de um ketchup, na verdade esse foi um dois motivos que quase me fizeram desisti de ver. Tudo bem que já to acostumada com morte em animes, mais a quantidade de sangue foi desnecessária, não tinha um episodio que não tivesse quase um mar de sangue. 
Os personagens principais eram uns fofos, teve uns que eu realmente me apeguei muito, isso fez com que o final para mim fosse terrível. E passei a admira-los mais ainda ao saber que eles existiram. Uma coisa que me deixou bastante curiosa foi que os personagens principais eram desenhados de um jeito muito bonito e diferente, enquanto todos os outros foram desenhados como velhos e calvos, e todos pareciam uma cópia...
Não vou dizer que foi o pior anime que já vi, pois esse foi o School of Days sem qualquer sombra de dúvida, mais esperava um pouco mais da história, e o romance que só apareceu no final, se não tivesse aparecido não teria feito muita diferença. Teve personagens que só apareceram na primeira temporada, e eu achei que teriam mais importância na história mais acabou que foram perdidos. Deixando tudo isso de lado, a trilha sonora não é ruim, e gostei das aberturas, principalmente das que coloquei aqui. 

Nota:

Devil Survivor 2: The Animation

É a adaptação do vídeo game Nintendo DS de Atlus, da franquia Shin Megami Tensei. Possui 13 episódios e uma única temporada até o momento. 
Após descobrirem um aplicativo que manda um e-mail para o usuário mostrando a morte do amigo, os estudantes Hibiki Kuze, Daichi Shijima e Nitta Io descobrem a realidade do vídeo e presenciam o acidente. Sobrevivendo a isso, os estudantes passam a ter pelo aplicativo a oportunidade de invocarem demônios.  Com isso, eles conhecem uma organização chamada JP's e seu chefe Yamato Hotsuin e a partir desse momento a única coisa a fazer é lutar para poderem destruir os Septentriones e sobreviverem ao apocalipse. 
Como sabem, não leio sinopse de animes por que elas raramente falam realmente a respeito do que é tratado nele, e muitas vezes a sinopse faz o anime parecer algo bobo e no final é muito melhor do que o que estava escrito. E foi mais ou menos assim que me senti com esse anime, não por ter lido a sinopse, mais por ter visto até o episodio 7 odiando ele cada vez mais. E então algo muito mais muito mágico aconteceu e eu comecei a gostar bastante dele. Bom, o que aconteceu exatamente foi que muitos dos personagens que comecei a gostar morreram, e isso de certo modo me deixou meio desacreditada. Pensava que o anime só teria isso e mais nada, porém depois de alguns episódios percebi o verdadeiro sentido da história que era mostrar a sobrevivência e a força de vontade da humanidade. 
Em algumas partes o Yamato fez com que eu me lembrasse do Raito (Death Note), pelas ideias de achar a humanidade ruim e querer um novo mundo do seu jeito.  E no final você começa a pensar se ele era o responsável por tudo ou mais uma vitima de tudo o que acontece. Ele era realmente chatinho a ponto de você querer que o Hibiki desse uma surra nele, porém no final senti pena. 
Depois de observar a humanidade quase se destruindo entre si, e uns usando os outros como peões para realizarem seus próprios desejos, vemos a luz no fim do túnel que é o Hibiki. A força de vontade dele de proteger os amigos e não se conformar em aceitar as coisas fizeram com que adorasse ele. Não só ele com todos os outros, e o Daichi no final foi de grande ajuda e um dos personagens mais divertidos. Assim como o Alcor que foi de grande importância para mesmo no inicio eu achando que ele era o vilão. Como sempre o amigo do protagonista sempre é legal. A única que de certa forma é chatinha é a Nitta que em vez de reagir como a Airi Ban, que junto com a Hinako Kujou foram muitas personagens preferidas, ficou apenas chorando e se lamentando. 

Tirando uma coisinha ou outra ao longo da história, o anime é bonito e faz com que pensemos melhor em como levamos nossa vida, e as escolhas que fazemos e as consequências delas. Gostei muito da trilha sonora, e principalmente a letra do encerramento. Enfim, de um anime que fez com que eu quase desistisse no inicio, ele conseguiu fazer com que eu tenha um grande carinho por ele. 

Não importa o quanto eu lute, não consigo encontrar a resposta
Lutando, me apoderando, destruindo, isso continua a se repetir e nunca termina - Be 

Nota:

Dezenove Luas - Vol. 4 - Kami Garcia e Margaret Stohl

É o quarto e último livro da série As Cronicas Conjuradoras que contem: Dezesseis Luas, Dezessete Luas e Dezoito Luas. 
Ethan após pular da torre de água de Summerville e restabelecer a Ordem, se encontra do Outro Lado para onde os espectros dos mortos vão quando possuem pendencias. Mesmo tendo sua mãe de volta, Ethan não se conforma com o que deixou para trás e ao descobrir que possui um jeito de voltar á vida e para junto de Lena e de todos que ele ama. Então começa sua procura por meios de conseguir retornar para sua casa em Gatlin, porém com isso terá que deixar sua mãe novamente, mesmo ele tendo passado tanto tempo querendo ela de volta. Com a ajuda de Tia Prue, Os Grandes, Amma, Lena e todos os seus amigos tanto de Gatlin como do Outro Lado, ele começa uma jornada cheia de obstáculos e que o fará descobrir todos os mistérios por trás de sua morte.  


Depois de esperar loucamente pelo fim, não por ser ruim, mais por querer obter todas as respostas que procurava em cada página dos livros anteriores finalmente as consegui. O final não foi exatamente o que esperava, desde o final de Dezoito Luas eu percebi que não seria, pensava em algo como uma guerra explodindo e coisas do assim. Mais assim que percebi que Ethan tinha realmente morrido, o que ate então pensei que não aconteceria, achei que como todos os outros livros ele receberia ajuda. O que não foi muito diferente do que pensei, só que do Outro Lado, e o último livro foi mais ele tentando achar um meio de voltar do que qualquer outra coisa. Para os que reclamaram dele e de Lena por ficarem lamentando a morte dele, eu também me irritei um pouco só que como poderia esperar algo diferente? A Lena perdeu o homem que gostava, e ele via todo mundo e ninguem o via, tinha que ter um drama no meio ou não seria real. Assim como a morte da mãe de Lena, ela viu a mãe morrer e não fez nada para evitar e nem lamentou, isso na minha opinião a torno fria, é claro que drama de mais incomoda em determinadas obras, mais quando se fala de morte acontece né. Eu até consegui entender um pouco Ethan, e sentir o que ele passou, só que pelo menos ele teve um final feliz. 
Macon para mim continuou sendo um dos melhores só que acrescentei a minha lista final de personagens favoritos: Amma e Link. Amma pelo simples fato de que depois de conviver com ela todos os livros, ela já parecia para mim, uma velha amiga, ou uma vó, daquelas que tem umas crenças estranhas mais que são preocupadas e amorosas. E Link por que além dele ter crescido muito desde o primeiro livro e fazer parte das cenas engraçadas junto de Ridley, ele também e o responsável pela cena que tirou meu ar nesse livro e que me deu orgulho dele. 
Não sei se talvez seja por que possui uma atmosfera mais leve, mais consegui ler esse livro com a mesma rapidez do primeiro. Fiquei irritada com a lentidão que Lena levou para conseguir entender e ajudar o Ethan, um terço do livro foi dela, e só nas últimas páginas conseguiu agir, e em meio a tanta confusão e a minha vontade desesperada para voltar para a parte do Ethan até me surpreendi. Desde a parte que ela narrou no primeiro livro, achei que se ela narrasse novamente seria um desastre, mais ela conseguiu manter uma boa narrativa parecida com a do Ethan, quase igual, mais foi suficiente para me manter na história.
A jornada muda você, quer você saiba ou não, quer você queira ou não" - Pág. 292
Narrativas a parte, não desgostei do livro ao contrario do que andei lendo sobre ele, acho que a história se fechou completamente, tudo foi explicado algumas coisas um pouco mais que outras. Mais gostei do livro, foi finalizado de uma forma sensível, é claro que esperava por algo a mais, porém isso não fez eu deixar de gostar da série.  E também me proporcionou horas pensando sobre o que havia lido, e em tudo que havia acontecido a todos os personagens. E no final foi isso que prevaleceu para mim, e foi isso que me fez achar o livro bom e me ligar a história, não é apenas um romance entre um Mortal e uma Conjuradora, dentro de tudo isso mostra como as coisas mudam, como pode haver o bem e o mal dentro de cada um, e como a vida pode adquirir uma perspectiva diferente depois que você volta da morte.  
"Talvez não exista sentido na vida. Talvez só exista um sentido em viver" - Pág. 311

Nota: 


Dezoito Luas - Vol. 3 - Kami Garcia e Margaret Stohl

É o terceiro livro da serie que contém: Dezesseis Luas, Dezessete Luas e Dezenove Luas. 
Após ter sido Invocada e rompido com a Ordem das Coisas, Lena se sente culpada pelas mudanças ocorridas tanto no mundo Conjurador como no Mortal. Os poderes dos conjuradores não são mais os mesmos e o mundo mortal esta coberto de pragas de gafanhotos, seus rios estão secando e tudo parece estar dando errado. E a Roda do Destino acaba esmagando a todos, inclusive aos que não tinham aparentemente mais nada a perder. Além dessas mudanças, Ethan também tem que entender as próprias mudanças que estão acontecendo com ele. E como se já não tivessem problemas suficientes precisam restaurar a Ordem, e encontrar John que por algum motivo que eles não compreendem esta ligado a decima oitava lua e a tudo que esta acontecendo em Gathin, para uma cidade que nunca mudava, as mudanças agora eram inevitáveis. 


 Depois de ter lido Dezessete Luas, meio que perdi o encanto que o Dezesseis Luas tinha sobre mim. Uma coisa que descobri ao lê-li é que nunca se sabe quando as coisas podem piorar, por que elas pioram tanto a ponto de você começar a temer por seus personagens favoritos. No inicio como em todos os outros dois, somos apresentada novamente a cidade de Gatlin, porém só pelo começo já podemos ver que mudanças serias estão ocorrendo, algumas até definitivas. O bem e o mal, luz ou trevas habita cada pessoa e ninguém é completamente uma coisa só, e isso foi uma das coisas que me fizeram ficar horas pensando a respeito do próprio livro. 
As visões continuam sendo a melhor parte para mim, pois posso vê o passado dos personagens ou adquirir pistas importantes para o futuro da história. Depois do segundo livro percebemos que a vilã não é Sarafine, mais sim algo maior do que ela Abraham Ravenwood, porém no final desse livro vemos que a algo ainda maior e mais perigoso que ele, e isso que me fez continuar pressa a essa serie. Esse livro liga o segundo com o último, não foi grande o bastante para me prender tanto quanto os outros, mais com certeza foi melhor que o segundo. Contudo não conseguiu me prender o suficiente como aconteceu com o primeiro, e como esta acontecendo com o último, e acho que também foi por essa atmosfera onde eu esperava que tudo acontecesse só que as coisas demoravam muito para se encaixar e eu creio que é algo muito maior do que os personagens acham que é no fim das contas.
Link foi de grande ajuda porém se tornou mais serio e menos brincalhão do que era, enquanto o pouco tempo em que Ridley estava por perto eram do tipo que faz você pensar "Tinha que ser ela", mais no final a fez sem sentido no desenrolar da história. O lado bom é, como sempre, que tudo é explicado adoro como as brechas são resolvidas e você acaba pensando como tudo estava tão na cara e você não percebeu. Ao contrario do segundo em que sempre vem alguém e ajuda no final, nesse não ocorre isso, quando o livro estava para acabar pensei que com certeza algo apareceria para concertar tudo e então nada aconteceu, e realmente gostei, é claro que fiquei surpresa mais foi melhor assim e deu muito mais vontade de ler o último.
"Olhando para a escuridão, fiquei por muito tempo imaginando, temendo/ duvidando, sonhando sonhos que nenhum mortal ousou sonhar antes..." - Edgar Allan Poe 
Gosto do modo como as coisas ficam complicadas antes de serem esclarecidas e de quão profundo se tornaram desde o primeiro livro. Não vou dizer que esse seja o melhor de todos, mais é igualmente surpreendente e inteligente, tudo é feito a partir de detalhes e acho que isso que me mantem presa a história. O final me surpreendeu, mesmo tendo algumas páginas massantes, eu fiquei com aquela vontade de saber como tudo terminava e ao mesmo tempo não queria saber. Apenas uma coisa ficou sem sentido para mim que foi o passado da mãe da Lena, e o papel dela no desenrolar das coisas, não sei se vai ser respondido mais a frente mais nesse livro pelo menos não foi explicado totalmente. Há tantos segredos perdidos pelas páginas dos livros de Marian e nas cartas de Amma que espero que no final tudo seja resolvido e que eu descobri essas coisas que me deixaram tão curiosidade desde o principio. 
"A única coisa que não se enquadra na regra da maioria é a consciência de cada um." - Harper Lee

Nota: