As Brumas de Avalon, é uma série de livros, composta por: A
Senhora do Lago, A Grande Rainha, O Gamo Rei, O Prisioneiro da Árvore.
A história é contada pela visão das mulheres que faziam parte da vida do lendário Rei Arthur. Em seu primeiro volume, vemos a história da mãe de Arthur, Igraine, assim como o surgimento de uma personagem muito importante a Morgana Le Fray, esta é quem narra a história em certas partes do livro. No início vemos os feitos de Viviane, a Senhora do Lago, irmã mais velha de Igraine e tia de Morgana, que começam a parecer neste volume. Ao longo dos livros nos deparamos com Morgause, irmã mais nova de Viviane e Igraine, e que adquire cada vez mais espaço na história. E Gwenhwyfar, que tem sua importância ampliada ao longo da história. Porém não é só a lenda do Rei Arthur que é contada, como também, o expansionismo do Cristianismo e seu conflito com os cultos pagãos, em uma Bretanha cheia de intrigas.
Não tenho
palavras para dizer como esse livro mudou meu modo de ver as coisas. A Marion Zimmer conseguiu transmitir a
história de um modo, que muitas vezes dava para se sentir dentro da própria Camelot
de Arthur, vivendo entre todos aqueles personagens, e sentindo todos aqueles
sentimentos tão conturbados. Vemos a Bretanha, e os conflitos com os Saxões que
fazem com que os homens partam para a guerra e com isso tornando as mulheres responsáveis
pela casa e pelos filhos. O conflito entre o paganismo e o cristianismo vai crescendo, e
cada vez mais somos questionados sobre as ações dos personagens e sua "ideologia". Os próprios personagens questionam suas atitudes em certa parte da série, e começam a se perguntar se realmente valeu a pena todo o esforço que fizeram. Eu
nunca fiquei tão irritada como uma personagem como fiquei com a Gwenhwyfar,
tinha horas que dava vontade de sacudir aquela menina e mostrar para ela o quão
tola era. Mais faria o mesmo com a Morgana, uma vez que esta muitas vezes
se comportava do mesmo modo.
Estas duas
personagens, assim como o Padre Patrício, nos mostram a intolerância tanto na cultura como na religião, mostrando que só o que eles acreditavam era o certo. Isso é uma coisa que acontece até hoje afinal, encontramos muitas Gwenhwyfar na nossa vida, e tudo
isso, mesmo que as vezes me irritando um pouco, confesso, fizeram com que para
mim, esta série fosse uma das melhores até o seu fim. Talvez aqueles que sejam mais radicais não gostem da história, mas para mim é uma das melhores, e não sei como descrever tudo o que este livro fez comigo.
A série mostra muito bem alguns dos cultos realizados pelos paganistas, o que é bem interessante de se observar e a influencia disso na vida dos personagens. Além dos fatos políticos e religiosos, a autora mostra a complexidade das escolhas dessas mulheres que narram a história e as consequências de seus atos. Para aqueles que leram outros livros sobre o Rei Arthur, vão observar que os elementos continuam ali, a Excalibur, a Távola Redonda, o Graal entre outros, porém são explicados e incorporados dentro dessa história. E assim como estes pretendo buscar os outros livros que fazem parte do Ciclo de Avalon. Para aqueles interessados, como eu, recomendo que busquem, pois talvez responda alguma dúvida que possa aparecer na leitura das Brumas de Avalon, uma vez que estes são o fim do ciclo.
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