É o segundo livro da série Mundo de Tinta, que contém também: Coração de Tinta e Morte de Tinta.
Continuação do primeiro livro, começa um ano após o fim de coração de tinta. Dedo Empoeirado estava a procura de outro Língua Encantada para o colocar novamente dentro do livro, junto com Farid, quando encontra Orfeu, um homem que possui o mesmo dom de Mo, porém também escreve. Ao ver que seu mestre voltou para o livro, e ele não, Farid vai atras de Meggie, que além de manda-lo para dentro da história vai com ele. Assim eles passam a conhecer as belezas do Mundo de Tinta, e também seu lado sombrio, mesmo não tendo mais Capricórnio para ameaça-los, há vilões piores e perigos por todos os lados.
Pode conter pequenos spoliers.
Após ler Coração de Tinta, fiquei imensamente entusiasmada de ler Sangue de Tinta, e em momento algum me arrependi, da primeira à última palavra, foi levada para o incrível mundo que Funke teceu, e foi magnifica ao fazer. Vemos que cada palavra foi escolhida com carinho, quase que colhida, e arrumada de modo melodioso. E foi isso que mais me encanto desde o primeiro livro, e esse segundo fez o favor de me deixar mais apaixonada ainda.
Porém em tudo que é bom, há seus problemas. E os problemas que tive com essa obra nada mais foram do que com personagens. Fenoglio, deixou a desejar quanto autor do Mundo de Tinta, se tornou um velho egoísta e com o tempo mostra o pouco cuidado que tinha com seus personagens, mesmo depois de conhece-los. Meggie no inicio da história me irrito, por ser tão controvérsia, uma vez que queria tanto uma coisa e após a conseguir ficava se lamentando durante uma parte do livro. O romance que passou a existir entre Meggie e Farid foi uma coisa que realmente achei desnecessário, se nunca tivesse existido tanto melhor, no meu ponto de vista, já que não acrescentou nada para a história.
Elinor e Darius, outra dupla que perdeu espaço na história. Darius nunca foi um personagem de muita importaria, uma vez que tinha o dom mais não usava e quando usava dava em desastre, desse modo não sei por que continuaram mantendo ele. Elinor por sua vez no primeiro livro, tinha uma participação maior, e talvez pudesse ter sido melhor, porém foi deixada de lado e a única coisa que lhe sobrou foi as páginas em que se lamentava. Se foi só para isso que continuou na história, sou da opinião que deveriam então te-la tirado.
Nas primeiras páginas até uma certa parte do livro, a história corre lenta, assim como no primeiro. Contudo quando realmente as coisas começam a acontecer não param mais, e começa a se tornar difícil você saber que caminho ira tomar. Coisas inesperadas acontecem e dai vemos a originalidade dessa autora que desde que li o Coração de Tinta, gostei tanto. É uma história cheia de altos e baixos, que tem mais baixos do que altos. Um mundo que corre em sentido contrario ao que devia, e as palavras não criam vida apenas no mundo de tinta, como também quando estamos lendo.
Basta e Mortola voltam nesse livro, e se juntam ao horripilante vilão que mora no Castelo da noite, Cabeça de Víbora, cuja o nome é de certo modo apropriado, diante das atitudes dele, porém de certo modo esperava mais dele, o que acabou não acontecendo, pelo menos nesse livro.
Além de tudo isso, há também os livros e as citações, que continuam muito bons, e as ilustrações, e no inicio do livro a também um mapa da região por onde a história vai decorrendo.
"As historias nunca têm fim, Meggie,embora os livros gostem de nos enganar a esse respeito. As historias sempre continuam, não terminam com a ultima frase, assim como não começam com a primeira." - Pág.52
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